quinta-feira, 21 de abril de 2011

Páscoa em Cristo - IPFC

Programação de Páscoa - IPFC

Nesse domingo em comemoração a páscoa do Senhor, haverá uma programação especial na nossa igreja, e todos aquele que desejam ficar mais proximos de Deus e adora-lo de todo o coração são convidados mais que especiais.
Logo pela manha teremos o Culto da Ressurreição que ocorrera às 07:00 Hs da manhã, com a apresentação do grupo de teatro da IPFC, logo em seguida acontecera o Café com Cristo às 08:30 Hs.
A noite nós  teremos o Culto de Celebração que acontecera as 18:30 Hs, com a apresentação da cantata intitulada: Seu amor.

domingo, 17 de abril de 2011

JESUS - A verdadeira Páscoa

Quando no nosso século falamos a simples palavra Páscoa, o que vem a cabeça da maioria é o coelhinho branco trazendo ovos de chocolate em embalagens coloridas.Mas sera que não estamos esquecendo de nada, de ninguém? A páscoa realmente gira em torno desses presentes doces?
Com o tempo a páscoa virou um feriado totalmente capitalista, com o único objetivo de vender presentes e lembranças com coelhinhos estampados. Mas  a páscoa não é em comemoração a um simples coelho que coloca ovos de chocolate, a páscoa foi gerada para que nós, seres humanos, nunca esqueçamos aquele que veio a Terra como homem e como filho de Deus derramou o seu sangue puro na cruz do calvário para que todos nós pudéssemos ter vida lavada de pecados pelo seu sangue, pelo sangue do cordeiro, puro, limpo e sem pecado, pelo sangue de Jesus.
O nosso Cristo morreu e ressuscitou para nos ensinar que devemos matar nossos piores defeitos e fazer ressuscitar as nossas maiores qualidades e fazer crescer mais e mais o nosso amor pelo Pai. O ressuscitar de Jesus fez ressuscitar o sorriso, o amor, a esperança. Isso é mais bonito do que qualquer coelhinho e ovinhos de chocolate que possam existir.
Sabendo de tudo isso, você realmente vai desperdiçar todo o sacrifício de Jesus e deixar de lado o que Deus quer para a nossa vida?


Pense. E se fosse você naquela cruz?

 

Autoria: Ana Lima (@anaplug) Membro IPFC.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Vitimas de Realengo.


Todos nós paramos em frente a TV no dia 07/04/2011 e vimos a terrível tragédia que aconteceu no Rio de Janeiro, na região do Realengo. Um homem de 23 anos entra na escola Tasso da Silveira, fingindo ser um palestrante, mas com o real objetivo de matar crianças inocentes que estavam no prédio.
Wellington Meneses de Oliveira, era um ex-aluno, uma pessoa normal, sem antecedentes criminais, não cogitado para realizar uma brutalidade desse gênero.
Os alvos foram 10 meninas e 2 meninos, e mais uma grande quantidade de feridos ainda hospitalizados. Segundo depoimentos, Wellington demonstrava grande frieza ao atirar e mostrava "preferência" em atirar em meninas, os meninos teriam sido apenas "acidentes de percurso". Logo depois de matar e ferir crianças inocentes ele suicidou-se.
Logo depois desse atentado, que foi o primeiro a acontecer no Brasil, aconteceu mais um na Holanda em um centro comercial.
Isso nos faz pensar se são casos isolados ou existem ligações entre essas pessoas, o que será que passa na cabeça de um ser humano para cometer tamanha atrocidade?
E além de tudo ainda ser capaz de usar o nome de Deus como justificativa para um crime brutal, será mesmo que eles pensam que Deus fica feliz ao ver seus filhos matando uns aos outros?
E ver toda a tristeza que os pais e parentes das vitimas estão enfrentando, isso não é agradável aos olhos de Deus, Ele não gosta de ver seus filhos chorarem.
Esta chegando o tempo da sua volta, está na hora de se arrepender e pedir perdão, por que aos justos esta reservado o reino dos céus.

Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus. - III João 1:11

Autoria: Ana Lima (@anaplug) , membro da IPFC

Minha IDENTIDADE, meu COMPROMISSO

SEU AMOR


Cantata de Páscoa: Seu amor - Na Igreja Presbiteriana de Felipe Camarão
Domingo 24/04 às 18:30 Hs

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quando a Cultura Vira Evangelho.


O relacionamento dos cristãos com a cultura na qual estão inseridos sempre representou um grande desafio para eles. Opções como amoldar-se, rejeitar a cultura, idolatrá-la ou tentar redimi-la têm encontrado adeptos em todo lugar e época. Em nosso país, com uma cultura tão rica, variada e envolvente, o desafio parece ainda maior nos dias atuais. Como aqueles que crêem em Jesus Cristo e adotam os valores bíblicos quanto à família, trabalho, lazer, conhecimento e as pessoas em geral podem se relacionar com esta cultura?

Existem muitas definições disponíveis e parecidas de cultura. No geral, define-se como o conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade em particular, que inclui artes, religião, ética, costumes, maneira de ser, divertir-se, organizar-se, etc.

Os cristãos acrescentam um item a mais a qualquer definição de cultura, que é a sua contaminação. Não existe cultura neutra, isenta, pura e inocente. Ela reflete a situação moral e espiritual das pessoas que a compõem, ou seja, uma mistura de coisas boas decorrentes da imagem de Deus no ser humano e da graça comum, e coisas pecaminosas resultantes da depravação e corrupção do coração humano. Toda cultura, portanto, por mais civilizada que seja, traz valores pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se refletem na arte, música, literatura, cinema, religiões, costumes e tudo mais que a compõe.

Deste ponto de vista a definição de cultura é bem próxima à definição que a Bíblia dá de "mundo," a saber, aquele sistema de valores, crenças, práticas e a maneira de viver das pessoas sem Deus. Poderíamos dizer que “mundo” compreende os traços da cultura humana que refletem a sua decadência moral e espiritual e seu antagonismo contra Deus.

De acordo com João as paixões carnais, a cobiça e a arrogância do homem marcam o mundo. Como tal, o mundo é frontalmente inimigo de Deus e os cristãos não devem amá-lo:

1João 2:15-16 - "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo."

Tiago vai na mesma linha:

Tiago 4:4 - "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus".

Escrevendo aos romanos, Paulo os orienta a não se moldarem ao presente século - um conceito escatológico do mundo presente, debaixo da lei e do pecado e caminhando para seu fim:

Romanos 12:2 - "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

O próprio Jesus ensinou que o mundo o odeia e odeia aqueles que são seus dicípulos, pois não são do mundo:

João 15:18-19 – “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo,  pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.

Não é de se estranhar, portanto, que aqueles cristãos que levam a Bíblia a sério sempre tiveram uma atitude, no mínimo, cautelosa em relação à cultura, por perceberem nela traços da corrupção humana - ou seja, do mundo.

Ao mesmo tempo em que a Bíblia define o mundo de maneira negativa, ela admite que existem coisas boas na sociedade em decorrência do homem ainda manter a imagem de Deus – em que pese a Queda – e em decorrência de Deus agir na humanidade em geral de maneira graciosa. Deus concede às pessoas, sendo elas cristãs ou não, capacidade, habilidades, perspicácia, criatividade, talentos naturais para as artes em geral, para a música – enfim, aquilo que chamamos de graça comum. É interessante que os primeiros instrumentos musicais mencionados na Bíblia aparecem no contexto da descendência de Caim (Gênesis 4:21) bem como os primeiros ferreiros (4:22) e fazedores de tendas (4:20). Paulo conhecia e citou vários autores da sua época, que certamente não eram cristãos (Epimênides, Tt 1:12; Menander, 1Cor 15:32; Aratus, Acts 17:28). Jesus participou de festas de casamento (João 2) e Paulo não desencorajou os crentes de Corinto a participar de refeições com seus amigos pagãos, a não ser em alguns casos de consciência (1Co 10:27-28).

Portanto, a grande questão sempre foi aquela do limite – onde eu risco a linha de separação? Até que ponto os cristãos podem desfrutar deste mundo, até onde podem se amoldar à cultura deste mundo e fazer parte dela?

Dá para ver porque ao longo da história a Igreja cristã foi considerada algumas vezes como obscurantista, reacionária, um gueto contra-cultural. Nem sempre os seus inimigos perceberam que os cristãos, boa parte do tempo, estavam reagindo ao mundo, àquilo que existe de pecaminoso na cultura, e não à cultura em si. Quando missionários cristãos lutam contra a prática indígena de matar crianças, eles não estão querendo acabar com a cultura dos índios, mas redimi-la dos traços que o pecado deixou nela. Eles estão lutando contra o mundo. Quando cristãos criticam Darwin, não estão necessariamente deixando de reconhecer sua contribuição para nosso conhecimento dos processos naturais, mas estão se posicionando contra a filosofia naturalista que controlou seu pensamento. Quando torcem o nariz para Jacques Derrida, não estão negando sua correta percepção das ambigüidades na linguagem, mas sua conclusão de que não existe sentido num texto. Gosto de Jorge Amado mas abomino seu gosto pela pornografia,

Por ignorarem ou desprezarem a presença contaminadora do mundo na cultura é que alguns evangélicos identificam a cultura como a expressão mais pura e autêntica da humanidade. Assim, atenuam – e até negam – a diferença entre graça comum e graça salvadora, entre revelação natural e revelação especial. Evangelizar não é mais chamar as pessoas ao arrependimento de seus pecados – refletidos inclusive em suas produções culturais, poéticas, artísticas e musicais – mas em afirmar a cultura dos povos em todos os seus aspectos. O Reino de Deus é identificado com a cultura. Não há espaço para transformação, redenção, mudança e transformação – fazê-lo seria mexer com a identidade cultural dos povos, a sua maneira de ser e existir, algo que com certeza deixaria antropólogos de cabelo em pé.

A contextualização sempre foi um desafio para os missionários e teólogos cristãos. De que maneira apresentar e viver o Evangelho em diferentes culturas? Pessoalmente, acredito que há princípios universais que transcendem as culturas. Eles são verdadeiros em qualquer lugar e em qualquer época. Adultério, por exemplo, é sempre adultério. Pregar o Evangelho numa cultura onde o adultério é visto como normal significa identificá-lo como pecado e lutar contra ele, buscando redimir os adúlteros e adúlteras e restaurar os padrões bíblicos do casamento e da família. Enfim, redimir e transformar a cultura, fazê-la refletir os princípios do Reino de Deus.

Nem sempre isto é fácil e possível de se fazer rapidamente. Missionários às tribos africanas onde a poligamia é vista como normal que o digam. O caminho possível tem sido tolerar a poligamia dos primeiros convertidos, para não causar um problema social grave com a despedida das esposas. Mas a segunda geração já é ensinada o padrão bíblico da monogamia.

É preciso reconhecer que nem sempre os cristãos conseguiram perceber a distinção entre mundo e cultura. Historicamente, grupos cristãos têm sido contra a ciência, a arte, a música e a literatura em geral, sem fazer qualquer distinção. Todavia, estes grupos fundamentalistas não representam a postura cristã para com a cultura e nem refletem o ensino bíblico quanto ao assunto. Os reformados, em particular, caracteristicamente sempre se mostraram sensíveis às artes e viam nelas uma manifestação da graça comum de Deus à humanidade. Apreciavam a pintura, a música, a poesia e a literatura. Entre eles, temos os puritanos. Cabe aqui a descrição que C. S. Lewis fez deles:

Devemos imaginar estes puritanos como o extremo oposto daqueles que se dizem puritanos hoje. Imaginemo-los jovens, intensamente fortes, intelectuais, progressistas, muito atuais. Eles não eram avessos a bebidas com álcool; mesmo à cerveja, mas os bispos eram a sua aversão. Puritanos fumavam (na época não sabiam dos efeitos danosos do fumo), bebiam (com moderação), caçavam, praticavam esportes, usavam roupas coloridas, faziam amor com suas esposas, tudo isto para a glória de Deus, o qual os colocou em posição de liberdade. (...) [Os puritanos eram] jovens, vorazes, intelectuais progressistas, muito elegantes e atualizados ... [e] ... não havia animosidade entre os puritanos e humanistas. Eles eram freqüentemente as mesmas pessoas, e quase sempre o mesmo tipo de pessoa: os jovens no movimento, os impacientes progressistas exigindo uma “limpeza purificadora”.[1]

O grande desafio que Jesus e os apóstolos deixaram para os cristãos foi exatamente este, de estar no mundo, ser enviado ao mundo, mas não ser dele (Jo 17:14-18). Implica em não se conformar com o presente século, mas renovar-se diariamente (Rm 12:1-3), de não ir embora amando o presente século, como Demas (2Tm 4:10). É ser sal e luz.

Para os que deixam de levar em conta a presença da corrupção humana na cultura, os poetas, músicos, artistas e cientistas se tornam em sacerdotes, a produção deles em sacramento e costurar e tecer em evangelização.
NOTA

[1] Citado por Douglas Wilson em “O Puritano Liberado,” Jornal Os Puritanos 5/1 (1997) e por L. Ryken, Santos no Mundo, pp. 19, 177.
 
Fonte: Postado por Augustus Nicodemus Lopes.